Uma iniciativa desenvolvida por estudantes do curso de Psicologia do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) tem ganhado visibilidade por auxiliar na forma como escolas identificam e acolhem alunos neurodivergentes. A Neuroidentify, startup criada pelos alunos de psicologia Gleyson Oliveira e Marcos Monteiro, e pelo egresso de Ciência da Computação, David Cabral, surgiu a partir de uma necessidade real observada: a dificuldade de manejar o ensino para estudantes neurodivergentes.

A ideia da plataforma nasceu a partir do Projeto Integrado do 2º período, no qual os alunos aplicam na prática conceitos estudados na disciplina de Inclusão e Acessibilidade, em que entraram em contato com os desafios enfrentados por educadores e estudantes neurodivergentes. “A partir das atividades realizadas durante a disciplina, nós pensamos e adaptamos a solução para escolas de ensino infantil e fundamental. A ideia é trabalhar na fonte, identificando demandas comportamentais desde cedo para que possam ser solucionadas de forma mais rápida e eficiente”, explica Gleyson Oliveira, cofundador da startup.

A plataforma, que começou como um projeto acadêmico, hoje ganha destaque na imprensa local e nacional, além de ter representado o Brasil no Web Summit Lisboa 2024, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo.

A professora e coordenadora do curso de Psicologia, Nilzabeth Leite Coêlho, destaca a importância dessa abordagem prática na formação dos estudantes: “É fundamental que a academia incentive projetos que resolvam problemas reais da sociedade, pois isso desenvolve nos alunos habilidades como criatividade, resolução de problemas e pensamento interdisciplinar. E esse trabalho é o resultado desse tipo de ação, responsável por instigar os estudantes a propor soluções para inclusão dentro e fora da universidade.”