Cesupa encerra primeira semana de participação na Blue e Green Zone da COP30 com debates sobre bioeconomia e justiça social
Os professores Luciana Fonseca, Jean Carlos Dias, Lise Tupiassu e Luis Antônio de Brito no painel Litigância Climática no Mundo e na Amazônia. Foto: Coordenação do Curso de Direito.
O Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) cumpriu uma agenda de eventos na primeira semana da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcando presença tanto na Blue Zone quanto na Green Zone. A instituição reforçou seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, posicionando o debate acadêmico amazônico no centro das discussões globais.
A programação foi iniciada no Pavilhão Pará (Green Zone), no dia 10 de novembro, com o painel Litigância Climática no Mundo e na Amazônia, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) do Cesupa. O evento reuniu os professores Luciana Fonseca, Jean Carlos Dias, Lise Tupiassu e Luis Antônio de Brito para um diálogo aprofundado sobre a atuação estratégica do Direito no enfrentamento às mudanças climáticas, conectando a realidade regional aos debates internacionais.
No dia 12 de novembro, a professora Rafaela Neves, do curso de Direito, participou do painel Alianças Climáticas além das Fronteiras: como cidades e empresas co-criam futuros sustentáveis. O painel discutiu o papel dos entes subnacionais na política climática global, através da conexão com o Pacto Global da ONU para empresas e as ODS, em especial, a ODS 13 (Ação Climática) a partir de um olhar sócio climático ao garantir o protagonismo/diplomacia Indígena.
A atuação continuou no dia 14 de novembro, com a participação da professora Suze Oliveira no debate Caminhos para Políticas Públicas de Bioeconomia Territorial - experiências concretas, no qual contribuiu com a discussão sobre modelos sustentáveis baseados na sociobiodiversidade amazônica.
Na Blue Zone, espaço oficial de negociações da Organização das Nações Unidas (ONU), o Cesupa também teve participação expressiva. No dia 11 de novembro, a professora Taynara Gomes integrou a programação do Food Roots and Routes Pavilion. No local, a docente destacou a importância do protagonismo das comunidades tradicionais da Amazônia na criação de soluções resilientes e duradouras para os desafios climáticos, além de enfatizar o papel essencial da juventude nesse processo.
No dia 12 de novembro, o CESUPA esteve presente no painel “Debate sobre a defesa do ensino superior”, promovido pelo Fórum de Reitores(as) e Dirigentes de Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão do Pará, no pavilhão da UFPA. Na oportunidade, a instituição foi representada pelo professor Arthur Laércio Homci, coordenador do curso de Direito.
A agenda prosseguiu no dia 14, com a contribuição de Letícia Leal, coordenadora de projetos do Cria Cesupa, no painel Building Climate Competence and Citizenship for the Future, que discutiu a construção de competências e da cidadania climática para as futuras gerações.
Ainda na Blue Zone, o Cesupa marcou presença no dia 15 de novembro com o evento “Higher Education Institutions for Climate Actions”, conduzido por Caio Fanha, que debateu o papel fundamental das universidades na ação climática.
Para encerrar a programação da semana, no dia 15 de novembro, a professora do curso de Direito, Natália Bentes, debateu as interseções entre parto, território e justiça climática, trazendo uma perspectiva crucial sobre justiça reprodutiva e ambiental. “A atividade teve como objetivo socializar os casos de violência obstétrica identificados no Hospital Municipal de Marabá. Na ocasião, foi apresentada a atuação da Clínica de Direitos Humanos do Cesupa, que ingressou com uma petição perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos para solicitar o monitoramento dos numerosos casos de mortes neonatais e de violência obstétrica na cidade”, explicou a docente.
O trabalho apresentado pela professora Natália Bentes resulta de uma parceria com a Defensoria Pública do Estado do Pará e o Movimento de Mulheres Instrelas. Como desdobramento dessas iniciativas, em março deste ano, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Defensoria, a Secretaria Municipal de Saúde de Marabá e as entidades parceiras, com o objetivo principal de melhorar a qualidade do atendimento prestado às gestantes na referida unidade hospitalar.