O Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) anunciou a criação da Cipós - Clínica Integrada de Propriedade Intelectual, Tradicionalidade, Territorialidade e Sociobioeconomia. A iniciativa, que visa fortalecer o desenvolvimento sustentável da região amazônica, foi oficialmente lançada no dia 24 de fevereiro, no auditório Ney Sardinha, do Campus Alcindo Cacela 2, marcando um novo capítulo no compromisso da instituição com a inovação e a responsabilidade socioambiental.  O lançamento contou com a presença de autoridades acadêmicas e do poder executivo, do judiciário e do Ministério Público, da comunidade interna e externa, e representantes de movimentos sociais, destacando a importância do projeto para a promoção de práticas sustentáveis e o respeito aos direitos dos povos tradicionais. No evento, compuseram a mesa o reitor do Cesupa, Prof. Sérgio Fiuza de Mello Mendes; o vice-reitor, Prof. João Paulo Mendes Filho; o coordenador da graduação em Direito do Cesupa, prof. Arthur Laércio Homci; do coordenador da Cipós, Prof. Liandro Faro; a coordenadora do Cria Amazônia, profa. Suze Oliveira; a Diretora Executiva do Centro Acadêmico de Direito Otávio Mendonça (Cadom), Antônia Celine Filocreão; a vice-reitora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Loiane Prado Verbicaro; e o Diretor da Coordenação Estadual das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Pará - Malungu, Aurélio dos Santos Borges.Ao apresentar o projeto, o professor Liandro Faro comentou o seu objetivo e como as ações serão desenvolvidas. A Cipós é fundamentada em três eixos: proteção da propriedade intelectual, territorialidade e sociobioeconomia. Por isso, as atividades realizadas na clínica serão efetuadas pelos discentes do Direito e dos cursos que fazem parte da Argo. Essa integralização estará presente nas atividades de pesquisa e extensão que, neste primeiro momento, serão direcionadas à Comunidade Quilombola de Macapazinho, em parceria com a Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará Malungu, destacou.Durante as falas proferidas pelos convidados, foi ressaltado o papel da clínica na promoção de práticas sustentáveis e na formação dos futuros profissionais. Hoje nós entendemos cada vez mais a importância em criar estratégias que façam a sociedade entender a relevância do conhecimento tradicional e da proteção das nossas florestas. Então, pra mim, é uma honra fazer parte desse projeto e espero que os alunos aproveitem essa oportunidade e aprendam junto com a comunidade, afirmou a professora Suze. O reitor do Cesupa, professor Sérgio Fiuza de Mello Mendes, destacou o valor da Cipós em retomar o movimento de discutir questões significativas para a nossa região: Nesse momento, nos propomos a formar mentes nessa perspectiva de compreender a nossa localidade, o conhecimento do território amazônico e as possibilidades da sociobioeconomia presentes nele. Essas são temáticas caras a todos que estão aqui, em especial à vida das pessoas que são tocadas diretamente por elas. Por isso, parabenizo a todos que se dedicaram à construção desse projeto e que possamos ter uma caminhada virtuosa.A programação seguiu com a palestra A luta das comunidades quilombolas no estado do Pará, ministrada pelo Aurélio dos Santos Borges, em que abordou um pouco sobre a origem dos quilombos paraenses e sua presença nos dias atuais. Eu agradeço a oportunidade de poder estar aqui compartilhando a história da Malungu, uma trajetória que atravessa a minha e da comunidade que pertenço. E a partir de todo o processo de construção e conhecimento que faz parte dela, hoje temos um território quilombola intitulado e que está a disposição dessa parceria, comentou o Diretor da Associação ao fim de sua apresentação.No fim do evento, foi realizado o lançamento do edital de chamamento para alunos participantes da Cipós, com prazo de inscrição até o dia 07 de março.Para mais informações a respeito do Processo Seletivo da Clínica Cipós, os interessados podem consultar o edital.Texto: Erica Marques28 de fevereiro de 2025