No último dia 21, o auditório do campus José Malcher do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) foi palco de uma manhã dedicada ao acolhimento e à inclusão. O I Encontro de Cuidado Bucal para Pacientes com Deficiência, organizado pelos estudantes do sétimo semestre do curso de Odontologia, reuniu pais, cuidadores e Pessoas com Deficiência (PcD) em uma programação que mesclou conhecimento, prática e emoção.

A abertura ficou por conta do professor Silvio Menezes, que destacou o compromisso da instituição com a inclusão: “O Cesupa está de portas abertas para todos, especialmente o curso de Odontologia, que atualmente tem uma especialidade voltada ao público PcD. Hoje, essa é uma de nossas prioridades e aqui vocês sempre serão atendidos por nós com todo o carinho.”

A programação incluiu uma roda de conversa sobre higiene bucal e técnicas de manejo, esclarecendo dúvidas e reforçando a importância dos cuidados odontológicos. Em seguida, foi realizada uma oficina de materiais adaptados, como abridores de boca, demonstrando como pequenas adaptações podem facilitar o dia a dia.

Um dos momentos mais emocionantes foi a apresentação dos alunos da Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam), grupo formado por pessoas com deficiência, em parceria com o professor Reinaldo Costa. A demonstração no tatame simbolizou superação, integração e alegria.

A professora Andreia Araújo, uma das organizadoras, ressaltou a importância do evento: “Além de reforçar os cuidados necessários, essa interação entre academia e comunidade é essencial para a formação dos alunos. Foi uma experiência enriquecedora para todos.”

Renata Castilho, mãe da paciente Rayany Estefani, de 18 anos, compartilhou sua satisfação: “Minha filha começou a ser atendida na clínica este ano, e o tratamento tem sido ágil e cuidadoso. A programação de hoje foi linda – além de aprendermos, foi um momento de lazer e convívio.”

Ao promover a inclusão por meio de ações concretas, o Cesupa demonstra que a transformação efetiva da sociedade começa quando a educação se traduz em gestos de acolhimento e cidadania.