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Cesupa realiza mutirão para regularização de refúgio em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

31 de Março de 2025
Erica Marques
Cesupa realiza mutirão para regularização de refúgio em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Parceria entre Cesupa e o Alto Comissariado atendeu solicitações de refúgio de indígenas da etnia Warao. Foto: Beatriz Moura.

O Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), por meio da Clínica de Direitos Humanos, promoveu na última sexta-feira, 28, um mutirão de atendimento a solicitantes de refúgio, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). A ação teve como objetivo verificar e desarquivar processos migratórios, garantindo a regularização documental de imigrantes e refugiados, em sua maioria venezuelanos, incluindo indígenas da etnia Warao.  A iniciativa permitiu que cerca de 20 solicitantes de refúgio tivessem seus casos reavaliados, possibilitando o acesso a direitos fundamentais, como emprego formal, atendimento no SUS e programas sociais, como o Bolsa Família. A ação permitiu não apenas a revisão de processos, mas também o acompanhamento contínuo dos casos.  A professora Natalia Simões, coordenadora da clínica, destacou a importância da iniciativa tanto para os acadêmicos quanto para os refugiados. “No mutirão, nós atendemos as solicitações e verificamos a situação de cada uma para requerer o desarquivamento dos processos. Essa iniciativa cumpre dois objetivos: primeiro, fazer com que nossos alunos reconheçam realidades diferentes e aprendam sobre regularização migratória; e segundo, cumprir com a responsabilidade social da instituição, garantindo que essas pessoas tenham uma vida digna no Brasil.A parceria entre Cesupa e ACNUR mostrou-se relevante tanto para a comunidade atendida quanto para o papel estratégico do ensino. “Desde 2020, o ACNUR atua em parceria com o Cesupa para promoção do acesso de pessoas refugiadas à assistência jurídica e regularização documental. Esta é a primeira atividade conjunta do ano e surgiu a partir do mapeamento realizado pelo ACNUR e pelas lideranças indígenas Warao sobre suas necessidades. E a execução desse mutirão destaca o papel fundamental das instituições de ensino superior, sobretudo por meio da extensão universitária, que propicia um ambiente de aprendizado e troca tanto para os estudantes quanto para as comunidades deslocadas, afirmou a representante do ACNUR, Janaina Galvão.A acadêmica de Direito Vitória Serrano, que participou ativamente do mutirão, compartilhou sua experiência: Como membra da clínica, sempre participo dessas ações para auxiliar que as pessoas atendidas tenham acesso a direitos básicos, como benefícios sociais. Por isso, para mim, o significado de estar participando desse mutirão é enorme. Já ajudei famílias que, após a regularização, conseguiram emprego. É muito gratificante ver o impacto real do nosso trabalho.”A realização do evento destaca o compromisso do Cesupa com a responsabilidade social e a formação cidadã de seus alunos, além de ampliar as oportunidades de inclusão para refugiados em situação de vulnerabilidade.