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Estudantes do Cesupa dominam o pódio do 1º Hackathon Jornada COP+

21 de Maio de 2025
Erica Marques
Estudantes do Cesupa dominam o pódio do 1º Hackathon Jornada COP+

Equipes vencedoras do 1º Hackathon da Jornada COP+. Foto: Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa)

O 1º Hackathon da Jornada COP+, realizado no SENAI Getúlio Vargas entre os dias 12 e 15 de maio, consolidou-se como um marco para a inovação na construção civil sustentável na Amazônia. O evento, que reuniu profissionais, empreendedores e acadêmicos de diversas instituições de ensino em uma intensa maratona tecnológica, teve como grande destaque os estudantes do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), que conquistaram todas as colocações do pódio.

Como parte das preparações para a COP30 — Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que Belém sediará em 2025 —, a competição desafiou os participantes a desenvolverem soluções práticas que integrem tecnologia, bioeconomia e sustentabilidade, considerando as especificidades da região amazônica. Durante 28 horas de imersão, os competidores trabalharam sob orientação de especialistas para criar projetos aplicáveis ao setor da construção civil.

Os projetos foram apresentados no último dia de evento, e avaliados por uma banca formada por especialistas do setor. O grande vencedor foi o projeto Juma, desenvolvido por Ana Beatriz Pimentel Corrêa, Bianca Martins Pinheiro e Gabrielle Brito Nascimento, do curso de Arquitetura e Urbanismo do Cesupa, junto com os estudantes Agilson de Melo Ramos e Wagner dos Santos Araújo. O grupo apresentou um revestimento inteligente feito com materiais amazônicos como fibra de juta, ouriço de castanha-do-pará e lignina, com menor impacto ambiental. “A equipe que fiz parte foi composta por pessoas incríveis. Juntos, demos vida a um projeto bem completo que nos deu a vitória. E posso afirmar que essa foi uma experiência enriquecedora”, afirmou Bianca Martins, líder do grupo.

O segundo lugar ficou com o projeto Bioverniz, projeto de Ana Vitória Gomes Silva, acadêmica de Engenharia da Computação, Marcos Vinícius Mesquita Barbosa, do curso de Administração, junto com Jonas Cunha da Silva, Luís Eduardo de Oliveira Teixeira, Carlos Augusto Ribeiro Barros, Marcos Vinicios de Campos Melo. A equipe criou um verniz sustentável elaborado com resíduos orgânicos como cascas de frutas e óleo usado.

Já o terceiro lugar foi para o Ecobim, equipe formada por Davi Moura Borges, do curso de Arquitetura e Urbanismo, Rafael Virgolino do Nascimento, de Ciência da Computação, em conjunto com Silviano Rodrigues Leal, Ana Luiza Souza Tavares, João Pedro Martins Moraes e Gabriela Costa Holanda. Eles utilizaram a metodologia BIM para calcular a sustentabilidade em construções. “Estarmos entre os vencedores é algo que me deixa feliz tanto quanto fazer parte desse cenário, pois estivemos no meio de ideias incríveis, de novas pessoas e um espaço que nos fez abrir a mente para novas oportunidades. Sou muito grato por esse momento”, compartilhou o representante do grupo que alcançou a terceira colocação, Davi Borges.

O professor Felipe Freitas, coordenador do curso de Engenharia de Produção do Cesupa, destacou a relevância da conquista: “Nossos alunos de diversos cursos demonstraram na prática como a formação interdisciplinar do Cesupa prepara profissionais transformadores. Eles materializaram conhecimento acadêmico em soluções reais para os desafios da construção sustentável, justamente quando a Amazônia estará no centro das discussões globais durante a Conferência.”

Com premiação total de R$35 mil distribuída entre os vencedores, o Hackathon se revelou uma plataforma estratégica para o desenvolvimento de talentos que liderarão a transição ecológica na construção civil regional. A competição estabeleceu as bases para um movimento que deverá ganhar maior projeção nos próximos anos.

O Cesupa reafirma, por meio desse resultado expressivo, seu compromisso com uma formação acadêmica que combina excelência técnica e capacidade inovadora, preparando profissionais qualificados para os complexos desafios do desenvolvimento sustentável na Amazônia.