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Fórum de Liderança Feminina debate estratégias para equidade de gênero no mercado de trabalho

15 de Setembro de 2025
Erica Marques
Fórum de Liderança Feminina debate estratégias para equidade de gênero no mercado de trabalho

A painelista Fiona Murden durante sua palestra “O poder de ser você e liderar com autenticidade”. Foto: Suzane Lima.

No dia 10 de setembro, o Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) promoveu o Fórum de Liderança Feminina, um evento dedicado ao debate sobre equidade de gênero e empoderamento feminino no ambiente profissional. Com o apoio de instituições como British Council, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (Ita), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o fórum reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir mecanismos de incentivo à presença de mulheres em posições de liderança em diversos setores.

Na abertura do evento, Letícia Rodrigues, uma das coordenadoras, destacou a importância da iniciativa em evidenciar o panorama da liderança feminina e criar um espaço de acolhimento para troca de experiências. Em seguida, a professora Maria Fasli apresentou uma pesquisa inédita sobre os desafios enfrentados por mulheres para ingressar e permanecer em cargos de liderança, onde a sub-representação de gênero é mais acentuada.

O reitor do Cesupa, professor Sérgio Mendes, enfatizou a relevância de transformar discussões em ações efetivas: “É uma alegria receber, pela segunda vez, este evento em nossa instituição. E, aqui, destaco que iniciativas estratégicas só adquirem sentido quando transformadas em ação. Por isso, as reflexões e discussões de hoje devem nos guiar na direção de novos avanços. Embora tenhamos evoluído, faltam mulheres à frente de diversas áreas, no âmbito de carreiras e posições de trabalho e liderança em que ainda há forte predominância masculina. De todo modo, creio que o caminho para a igualdade deva ser trilhado mediante a compreensão e interpretação adequadas e pertinentes das diferenças hoje vigentes”, sublinhou.

Na sequência, a pesquisadora Fiona Murden ministrou a palestra “O poder de ser você e liderar com autenticidade”. Ela abordou estilos de liderança feminina, a “síndrome da impostora” e os desafios da dupla jornada, oferecendo insights valiosos para a elaboração de políticas práticas em prol da equidade.

A empreendedora Nana Lima compartilhou sua experiência na palestra “Por trás da Think Olga e Think Eva: como uma narrativa com propósito impacta e potencializa a liderança feminina”, mediada pela professora de Publicidade e Propaganda do Cesupa, Thatianne Sousa. Em sua fala, a painelista reforçou ser fundamental a autonomia feminina em suas múltiplas dimensões: “É essencial compreendermos os diversos tipos de liderança, que se aplicam a diferentes contextos. Liderar significa inspirar, influenciar e lutar por autonomia. Com isso, nossos estudos identificaram a tríade da autonomia feminina: financeira, intelectual e emocional. Logo, para promover mudanças que as envolve, é preciso analisar dados, identificar problemas e agir para reverter estatísticas negativas. A autonomia é, assim, a base concretizada de direitos, oportunidades, liberdade e dignidade.”

No período da tarde, quatro painéis temáticos ampliaram a discussão, abordando desde a liderança corporativa e comunitária até a atuação de jovens e inserção no meio acadêmico. Mediadoras e convidadas de entidades, como Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), Movimento de mulheres das Ilhas de Belém (MMIB) e Da Tribu, trouxeram visões diversificadas sobre como transformar trajetórias individuais em impacto coletivo e sustentável.

O Fórum de Liderança Feminina consolidou-se como um espaço fundamental para reflexão, proposição de ações concretas e fortalecimento de redes de apoio. O evento não apenas destacou os desafios existentes, mas também reforçou o compromisso das instituições envolvidas em promover mudanças significativas para um mercado de trabalho mais igualitário, diverso e inclusivo.