A Clínica Integrada de Propriedade Intelectual, Tradicionalidade, Territorialidade e Sociobioeconomia - CIPÓS, do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) realizou, no dia 09 de outubro, o I Cipósio: Desenvolvimento e Territorialidade. O evento, sediado no anfiteatro do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, no Complexo do Porto Futuro II, marcou a primeira iniciativa acadêmica no local após sua inauguração. O encontro reuniu graduandos, docentes, pesquisadores, agentes do setor público e representantes da sociedade civil para fomentar reflexões críticas e interdisciplinares sobre temas fundamentais para a região.

Na mesa de abertura, composta pelo Reitor do Cesupa, Prof. Sérgio Mendes, pelo coordenador do Curso de Direito, Arthur Laércio Homci, pelo coordenador da CIPÓS, Liandro Faro, e pela coordenadora do Cria Amazônia, Suze Oliveira, foram destacados o alinhamento do evento com a missão institucional. “O Cesupa, desde o início de suas atividades educacionais, esteve comprometido com a construção de um ecossistema voltado à sustentabilidade e à inovação. Nessa trajetória de 35 anos, nossa ligação com as comunidades tem se ampliado, por meio da integração virtuosa entre saberes tradicionais e conhecimento científico. Têm sido múltiplas e consistentes as iniciativas da instituição nessa direção, entre elas a implantação da Clínica CIPÓS, no âmbito do curso de Direito, com o propósito de aprofundar a discussão sobre propriedade intelectual, sociobiodiversidade e territorialidade na região. Portanto, é imensa a nossa satisfação diante da oportunidade de fazermos história, promovendo o primeiro evento no recém inaugurado Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia”, afirmou o Prof. Sérgio Mendes.

Em seguida, o eventou contou com uma mesa redonda que reuniu especialistas de diferentes áreas, incluindo Regina Loube de Paula, coordenadora municipal de Promoção da Política de Igualdade Racial de Bujaru/PA; Rosiete Lessa, da Coordenadoria Municipal de Educação para as Relações Étnico-Raciais e Quilombola; Jessica Brilhante, coordenadora da política de bioeconomia do Estado do Pará; Elizabeth Reymão, profª do Mestrado e Doutorado em Direito; e o prof. Marcos Paulo, coordenador do Mestrado Profissional em Inteligência Territorial e Sustentabilidade. Nesse momento, foram discutidos assuntos pertinentes, como cultura, direitos humanos, propriedade intelectual e políticas públicas para as comunidades quilombolas.

O coordenador da CIPÓS, Liandro Faro, enfatizou a importância do momento histórico para a realização do simpósio: “Hoje realizamos nosso primeiro simpósio, um evento acadêmico que reuniu a academia e as comunidades tradicionais para um amplo debate sobre o desenvolvimento e território no Pará. Em um momento crucial como este, com a aproximação da COP30, é fundamental que esses protagonistas dialoguem diretamente para impulsionar o melhor desenvolvimento para o nosso Estado.”

Além dos debates, o evento consolidou-se como um espaço para a apresentação e socialização de pesquisas. Foram expostos 11 trabalhos científicos que abordaram uma diversidade de temas urgentes, como demarcação de terras indígenas, governança climática, comunidades tradicionais, bioeconomia e propriedade intelectual.