Mulheres à frente: vozes que movem a universidade

Em setembro, o Cesupa recebeu um grupo muito especial de profissionais: mulheres líderes que vêm mudando a universidade e a sociedade.
O auditório cheio, a escuta atenta e relatos potentes foram a marca do Fórum de Liderança Feminina, uma etapa muito importante do projeto “Elas à frente: incentivo para mulheres avançarem em posições de liderança”, que une cinco universidades brasileiras (entre elas o Cesupa) e a University of Essex, com apoio do British Council, para enfrentar a sub-representação de mulheres em cargos de liderança e decisão no ensino superior. O projeto foi submetido por mim e por Maria Fasli (University of Essex), com o objetivo de fomentar ações concretas em prol da equidade de gênero e promover diálogos sobre a participação de mulheres em posições de liderança.
O evento foi organizado pelo CRIA - Ecossistema de Inovação e Sustentabilidade do Cesupa e contou, entre tantas presenças ilustres, com Nana Lima (Think Olga/Think Eva), que mostrou de forma contundente como propósito, dados e ação viram políticas de equidade.
Da University of Essex, Fiona Murden impactou a todos e todas com uma fala sobre a liderança com autenticidade. Também tivemos a presença inspiradora da profa. Loiane Verbicaro, ex-coordenadora do curso de Direito do Cesupa e primeira mulher vice-reitora da UFPA, e da parceira de longa data Adriana Lima, do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém, que conecta o Cesupa a projetos que chegam à sua comunidade.
No evento também foram apresentados dados referentes à pesquisa em curso no projeto: questionário on-line e grupos focais para ouvir experiências, barreiras e refletir sobre caminhos de mudança. Os achados iniciais são claros: mulheres líderes precisam de mentoria estruturada, critérios transparentes de progressão na carreira, formação em competências de liderança e redes de apoio ativas para prosseguirem e crescerem na liderança.
Apresentar esses resultados no Fórum foi emocionante: ver gestoras, docentes e estudantes em reflexões e direcionamentos concretos mostra que a mudança institucional é possível — e urgente. Quando mais mulheres lideram, ganham a inovação, a ciência e os estudantes; a universidade fica mais justa, diversa e forte.
Que esse evento siga ecoando: mulheres à frente fazem a universidade avançar.
Texto da professora Polyana Nascimento, do curso de Ciência da Computação, publicado na edição #123 da nossa newsletter, a Impulso. Você pode assiná-la gratuitamente nesse link.