Desafio promovido pelos cursos de Enfermagem e Psicologia discute o atendimento de urgência e emergência a múltiplas vítimas
2 de maio de 2022
Os estudantes dos 5º e 7º semestres de Psicologia e Enfermagem tiveram um momento de aprendizado diferenciado, durante o Hackathon Saúde, realizado na última quinta-feira (29). Durante 10 horas de imersão, os estudantes se debruçaram sobre um caso real adaptado, envolvendo o naufrágio de um navio e a elaboração de um fluxo de assistência para as vítimas desse desastre. A equipe vencedora do desafio recebeu como premiação um certificado e incentivo financeiro.Realizado pelo segundo ano consecutivo, o tema da Urgência e Emergência para esta edição do Hackathon Saúde foi uma proposição dos próprios alunos. “Há algum tempo, no Brasil, não tínhamos relatos de acidentes com múltiplas vítimas, mas eles têm acontecido com mais frequência, como é o caso de acidentes com ônibus de turismo ou incêndios em hospitais. A partir do momento que acontecem, precisamos estabelecer rapidamente um comando de atendimento, daí a importância de abordarmos essa temática, para que, se necessário, em um evento como esse, os alunos saibam como atuar”, explicou a coordenadora do curso de Enfermagem, professora Mariana Souza.Divididos em 5 equipes, os 25 alunos participantes executaram várias ações, entre elas, a elaboração de fluxo de atendimento e encaminhamentos das vítimas diretas e indiretas, um fluxo de identificação dos corpos, um fluxo de triagem e assistência para primeiros socorros psicológicos e a criação de um centro de informações para a comunicação com todos os públicos envolvidos. Para elaborar seus projetos, os grupos contaram com a consultoria da psicóloga e tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Alessandra Pinheiro, e do enfermeiro especialista em Urgência e Emergência, Victor Santos.Para a professora do curso de Psicologia e uma das coordenadoras do evento, Mariana Mendonça, além do aprendizado e das discussões sobre o fluxo de atendimento, o Desafio propõe a integração entre os cursos. “Quando promovemos um hackathon, os alunos conseguem integrar e aprender com as outras profissões, entender as visões de outros cursos frente ao mesmo problema, olhando para o paciente de forma holística. Além de integração e criatividade, também é importante que eles tenham uma aproximação com as políticas públicas do SUS e a nossa rede de atendimento”, frisou.Vivência - A enfermeira Daniela Oliveira, especialista em Urgência e Emergência e egressa do Cesupa que compôs a equipe de avaliadores do Desafio, ressalta a relevância do contato com fluxos de atendimento e com protocolos do Ministério da Saúde, ainda na graduação. “Como trabalhamos com fluxos de urgência e emergência, também lidamos com várias portarias do Ministério da Saúde. Então, é essencial que eles compreendam a importância dos protocolos, para estarem mais preparados quando forem atuar em casos reais”, considerou.Experiente em hackathons promovidos pela instituição, o estudante de do 7º semestre de Enfermagem Thiago Miranda também acredita que um dos maiores aprendizados da atividade é a integração, que contribuirá, inclusive, para a atuação dele no mercado de trabalho. “A união dos cursos nos prepara para o nosso futuro, proporcionando experiências multiprofissionais com outros colegas. Viver essa experiência desde agora, nos prepara e nos dá uma certa experiência”, avaliou.Já Lorena Lira, acadêmica do 7º período de Psicologia participou do seu primeiro hackathon e aprovou a experiência. “Foi uma troca muito boa, conhecer como é que a Enfermagem trataria de um mesmo tema que a Psicologia também trataria, com outro olhar complementar”, ponderou.Texto: Gisele Nogami02 de maio de 2022