Jornada Jurídica aborda o Direito na Amazônia
25 de maio de 2023
A conferência de abertura reuniu os advogados Jorge Athias e Suena Mourão debatendo "Os desafios da advocacia na Amazônia". Foto: Caroline OliveiraO Cesupa promoveu a 24ª Jornada Jurídica, um dos principais eventos jurídicos do Brasil, entre os dias 17 a 19 de maio. Sob o tema "Direito e Amazônia: reflexão, ação e transformação" esta edição do evento propôs, aos estudantes da instituição, professores e convidados, a reflexão sobre questões jurídicas voltadas à Amazônia, seus problemas e potencialidades, em uma análise estruturada a partir do conhecimento e da apropriação da realidade local e regional, como forma e instrumento de transformação da realidade.Na abertura do evento, o coordenador do curso de Direito, professor Arthur Laércio Homci, explicou a escolha e a importância de se discutir as questões jurídicas que envolvam o contexto amazônico. “Todos os anos, o nosso Núcleo Docente Estruturante (NDE) se reúne para debater o tema da Jornada e, eu diria que este, talvez, tenha sido o que fizemos a escolha com maior facilidade, já que a temática que envolve o Direito na Amazônia é vivenciada no dia a dia das nossas aulas, nos grupos de pesquisas, nas atividades de extensão. Sendo assim, achamos oportuno, assumirmos um protagonismo acadêmico e profissional, discutindo as questões amazônicas com profundidade, com primazia, pensando, refletindo e agindo para transformar e melhorar a condição de cada uma e cada um que vive nesta região”, disse o coordenador.O Diretor Executivo do Centro Acadêmico do curso de Direito, o estudante Mauro Oliveira, falou sobre a satisfação de debater a Amazônia, na ocasião em que a região encontra-se no centro das discussões globais. “Neste momento, em que várias instituições e entidades estão com as atenções voltadas para a Amazônia, é mais importante do que nunca, que nós, como integrantes da região Amazônica, estejamos à frente desse debate, que para nós, é mais do que um objeto de pesquisa é a nossa realidade, nosso cotidiano”, pontuou.Já a Pró-Reitora de Graduação e Extensão, professora Sílvia Mendes Pessôa, abordou a relevância da participação dos alunos em eventos acadêmicos, para a formação dos futuros profissionais. "Uma alegria ver esta casa lotada por alunos e convidados. Quanto mais o estudante participa desse processo, melhor o aprendizado dele, não só em termos de conteúdo, mas em termos de formação humanista. Dito isso, aproveito para falar também da infraestrutura do curso que, desde 2018, funciona nesta unidade de alto nível e que, desde 2022, conta com um novo projeto pedagógico, com integração teoria e prática, ensino e serviço, assim como suporte psicopedagógico, para promover uma jornada acadêmica mais proveitosa possível”, reforçou.Mesa - A abertura da Jornada contou ainda com a conferência “Os desafios da advocacia na Amazônia”, que reuniu o advogado Jorge Alex Athias, professor de Direito da Universidade Federal do Pará e sócio do conceituado escritório Silveira Athias e a advogada Suena Carvalho Mourão, e Presidente da Comissão Nacional da Igualdade Racial do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Sob a mediação da professora Juliana Rodrigues Freitas, Jorge abordou as adversidades de exercer o direito ambiental na região amazônica, enquanto Suena tratou dos desafios da mulher negra e nortista na ocupação de espaços dentro do Direito.A vasta programação do dia 18 contou com mais de 50 palestrantes de Belém e de outros estados, discutindo temas como “mulheres na advocacia amazônida”, “direito nas relações internacionais”, “direitos humanos e proteção da Amazônia” e “advocacia antidiscriminatória”. O último dia da Jornada foi dedicado à apresentação de mais de 120 trabalhos acadêmicos, na modalidade pôster, subdivididos entre dez eixos temáticos, além de trabalhos artísticos divulgados, entre poesias, poemas, pinturas, desenhos e fotografia.Texto: Gisele Nogami25 de maio de 2023